Compositor: Não Disponível
Espírito, sombra da morte
Me leve contigo
Me transforme em desgraça
Aliviando minha dor.
Abraço as sombras
De tristes recordações
Que incitam o pensamento
Despertando fantasias.
Meditando finais
Ao compasso da chama
De uma miserável vela
Que está a ponto de acabar.
Figuras, estranhas silhuetas
Dançando em passos graciosos
Em frente aos meus olhos cegos
Refazendo suas ações.
Abandonar o mundo terrenal
Brilhar no alto como a poeira estrelar
Abandonar a respiração de sua lânguida língua
E exalar o ar contido em tua alma...
Espirito, sombra da morte
Me leve contigo
Me transforme em desgraça
Aliviando minha dor
Me esfrie em teu escuro manto
Deixe pra trás meu corpóreo existir
Detém minhas dolorosas batidas
Para nunca mais sentir meus nervos,
Desmembra minhas forças
Contrai minhas pupilas
Endurece meus dedos
Aniquila meu existir.
'' Não se lembre, Senhor , de seus pecados.
Senhor, dirige seus passos a tua presença.
Quando venhas a julgar o mundo por meio do fogo.
O conceda o descanso eterno, e que a luz eterna o ilumine.
Livra, Senhor,sua alma
Das penas do inferno.
Sua alma e a de todos os defuntos fiéis,
Que descansem em paz.''
Prostrado imóvel
Palidamente.
Quão triste me vejo,
Meus olhos seguem abertos
E ainda na vigília do corpo
Aqui me vejo, sem corpo, sem vida
Perdida no ponto mais frio do cosmo,
Minha alma em dor...
Entre penumbras agora vejo
Antigas e retorcidas almas,
Voluntariamente expropriadas de seu corpo
Se confinando ao sofrimento eterno.
Que tristeza terrenal
Poderia se comparar a vagar sem corpo
Embriagado em angustias
Reflexão da surpresa?
Incorpóreo existir,
Penando eternamente
Com lágrimas invisíveis
A dor inesperada
Da nostálgica recordação
De um passado abandonado.
Fortemente rachado
O furioso retrato
Meus olhos cinzentos
Em antigos retratos
Choram por todos aqueles
Que aniquilaram meu existir